A Americanas, que segue em recuperação judicial, aprovou nesta terça-feira, 21, em Assembleia Geral Extraordinária, um aumento de capital da companhia de, no mínimo, R$ 12,26 bilhões e, no máximo, R$ 40,7 bilhões, bem como detalhes técnicos para viabilizar esse aporte.

O aumento de capital estava previsto no Plano de Recuperação Judicial da Americanas e, portanto, a expectativa já era de aprovação. “É um plano para salvar a companhia. Sem esse plano, não tem companhia”, disse uma pessoa próxima à empresa, dias antes da Assembleia Geral.

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Emissão de novas ações

A proposta aprovada prevê a emissão de, no mínimo 9,4 bilhões, e, no máximo, 31,3 bilhões de novas ações ordinárias, ao preço de emissão de R$ 1,30 por ação, bem como a emissão de no mínimo, 3,14 bilhões, e no máximo, 10,4 bilhões de bônus de subscrição, atribuídos como vantagem adicional aos subscritores das novas ações, na proporção de 1 bônus de subscrição para cada grupo de 3 ações subscritas.

Será assegurado aos acionistas o direito de preferência para a subscrição de novas ações ordinárias emitidas em decorrência do aumento de capital, na proporção de suas participações no capital social da companhia, no prazo de 30 dias corridos, entre 22 de maio de 2024 a 21 de junho de 2024.

A votação havia sido adiada por falta de quórum no dia 9 de maio. Como se tratava da aprovação de uma mudança estatutária, para que a assembleia fosse instaurada naquela data, havia a necessidade de dois terços do capital votante presente nessa primeira convocação.

Sem atingir esse quórum, a votação foi adiada para esta terça-feira, quando poderia acontecer com qualquer quórum.

A varejista que acumulou cerca de R$ 43 bilhões em dívidas após anos de fraudes.